quarta-feira, julho 25, 2012

Nosso "Encino Univercitário"



Universitários sim, porém considerados analfabetos funcionais. Assim foram considerados 38% dos estudantes brasileiros que estão espalhados pelas instituições de ensino superior de todo o país. Os dados foram divulgados pelo Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa. Mas o que vem a ser um analfabeto funcional? Simples: são pessoas que sabem ler e escrever, porém não assimilam as informações do que escrevem ou lêem. Isso demonstra que o crescimento da escolarização de nossa sociedade, à nível de enriquecimento intelectual, é efêmero.

Há muita propaganda do Governo Federal em cima da facilidade ao ingresso da população mais pobre as Universidades, coisa que até bem pouco tempo atrás era privilégio das classes A e B. De fato, programas de incentivos,tais como o PROUNI, FIES e similares, facilitaram o processo de entrada ao ensino superior, mas não garantem uma formação de qualidade. As instituições privadas são as que recebem mais alunos “contemplados” nesses programas. Geralmente, essas faculdades estão preocupadas apenas com o lucro e não com a aprendizagem. E por fim quem sai no prejuízo é o aluno, que tem o “canudo” na mão, porém acaba o curso tão perdido como quando começou.

Lembro quando estava no último ano do Ensino Médio e havia toda aquela tensão para enfrentar o Vestibular. Havia um mercado de “cursinhos” muito forte. Eram caros, com professores estrelinhas que na véspera das provas davam os seus “bizús” e diziam que tal e tal questão ia cair. Hoje esse cartel está bastante enfraquecido, o mercado do pré-vestibular já não é tão rentável como há 10 anos atrás, quando o negócio “bombou”. Atualmente, o bom para os “mercadores da educação” é abrir uma faculdade numa galeria qualquer, oferecer cursos de Administração, Contabilidade e Marketing e ver a “grana” rolar solta...

O grande X da questão,porém, continua sendo a Educação de Base. Aquela que começa muito cedo, ainda na infância. Se essa for ruim, todo o resto fica comprometido:Teremos dados enganosos e propagandas celebrando o aumento do nível de escolaridade do nosso povo. Todavia, basta chegar o período de eleições pra perceber que o descaso com a Educação de nossa gente é proposital. Os jingles políticos parodiando “eu quero tchú, eu quero tchá” dão uma mostra de que eleitor bom é eleitor burro. Epa, burro não: Analfabeto Funcional.  

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